terça-feira, 8 de julho de 2014

Sétimo capítulo: O medo.

      Os cavalos cavalgavam rápido. Podia-se ouvir o som de suas galopadas de longe. Suas espadas de ouro reluziam com a luz fraca do Sol. As folhas dançavam nos galhos das grandes árvores junto ao vento. O vento era o cavaleiro que conduzia as folhas como damas no salão num baile. Eles dançariam até o vento acabar. O Sol parecia admirar os homens atrás das escuras nuvens. Marven parecia trovejar enquanto cavalgava. Os homens vinham com suas lanças, escudos, espadas e bandeiras brancas com um raio amarelo junto com uma rosa amarela ao centro. O Sol já se escondia no horizonte quando chegaram na floresta de metal. Mas só acamparam quando a Lua já estava no céu avermelhado. Chegariam no Subterrâneo em aproximadamente um dia e uma noite. Todos estavam tensos mas confiantes de seu poder e força. A noite era calma e serena. O vento soprava forte. Muito dos homens não tinham certeza do seu futuro. Pediam benção a Marven e sua proteção. Descansavam bastante em busca de um desempenho melhor na luta. Alguns falavam sobre estrategias, contavam fraquezas do fogo ou afiavam suas armas. Seria uma luta difícil. A dança do fogo e a cantoria do raio.


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      Os homens voltavam rapidamente de suas missões, muitas incompletas. Reagrupavam-se em grupos, trocavam suas espadas e iam aos postos médicos. A noite era agitada e fria. Brenys gritava por rapidez. Separava-se em mil pra tudo estar perfeito. Já tinha diferentes tipos de estrategias montadas para cada grupo. Horward também organizava a tropa e treinava aqueles que necessitavam. Dava dicas de como lutar ou sobreviver. Mas ensinava principalmente que não devia-se trair. Brenys estava exausta. Deixou o resto das tarefas com Horward e subiu para seus aposentos, afim de descansar um pouco. Ela se banhou e penteou os cabelos em frente ao espelho. Olhava seu rosto pálido e cansado. Tinha olheiras fundas de falta de descanso. Antes de deitar-se, foi a varanda e observou os homens trabalhando sentada na cerca de cimento. A Lua brilhava alto no céu nublado e vermelho. O vento era forte e lhe causava calafrios. Enquanto ela olhava sua tropa, ela ouviu um sussurro.
          A guerra só trás sangue. 
       Brenys assustou-se ao ouvir a voz. Olhou ao redor e não viu ninguém. Olhou para baixo da varanda e não havia ninguém perto. Achava que tinha sido um pensamento alto dela mesma, quando ouviu novamente.
          A guerra só trás sangue. 
          Quem está aqui?    Brenys gritou em seu quarto. Olhava no banheiro, debaixo da cama, na varanda, até no guarda roupa. Sentia-se intrigada e achava que estava ficando louca. Ela deitou em sua cama, mas demorou a pegar no sono. E não ouviu mais a voz. Entre a escuridão do seu sonho, surgia imagens. Ela via seu irmão empunhando uma bela espada que cortava até os ventos. Ele lutava com bravura e coragem. Mas a imagem ficava toda vermelha, como o céu daquela noite. O sangue escorria por sua boca e peito. Sua espada caia junto ao teu corpo forte. Conseguia-se sentir sua dor e ouvir seu gemido. Ele ecoava e o sangue escorria. Seus olhos se tornavam opacos devagar mas, sua boca ensanguentada ainda sorria. Já era madrugada quando Brenys acordou. Olhou pela varanda e os homens já haviam ido descansar. Estava tranquilo e ouvia-se a brisa. Brenys olhou para suas mãos que tremiam e tentou voltar pra cama. Com a tentativa falha de dormir, ela se levantou novamente e foi até a cozinha. Tomou água fresca de um jarro e respirou fundo. Não queria voltar pra cama. As imagens de seu sonho não saiam de sua cabeça. E se juntavam com o nervosismo da guerra. Seu futuro era incerto e ela sabia disso. Subiu as escadas sem rumo, concentrada em seus pensamentos e quando se deu conta, estava no quarto de Horward. Era um grande quarto de mobília preta. As paredes eram cinzas com madeira preta. A cama ficava em cima de um palco baixo. No centro do quarto em cima de um tapete e abaixo de um lustre havia um pedestal e mármore preto. Em cima dele, havia uma pequena esfera vermelha que flutuava em cima de um travesseirinho branco. A porta da varanda estava aberta e as grandes cortinas negras voavam com o vento. Ela encostou a porta e entrou devagar no quarto. Próximo à seu guarda roupa, estava sua armadura negra recém limpa. Brenys passou os dedos pela armadura e se dirigiu a cama, onde Horward dormia tranquilamente. Sua feição era de paz e calmaria. Bem diferente do que costumava ser enquanto estava acordado. Vagarosamente, Brenys entrou nas cobertas e deitou a cabeça em seu ombro forte. Ela sentia seu cheiro forte de rosas vermelhas enquanto respirava em sua nuca. Brenys raramente se entregava a Horward. Era muito rígida consigo mesma e ela não sabia o porquê. Talvez tivesse medo. Sentia-se mais protegida e tranquila agora. E se fosse seu último dia de vida, teria valido a pena. 
           Brenys?    Horward sussurrou, abrindo os intensos e sonolentos olhos verde oliva.
           Shhh.
        Ela se aproximou dele, lhe dando um abraço.
           Que raridade você por aqui    Horward abriu um largo sorriso junto aos olhos sonolentos e a trouxe pra mais perto. Escorregou os dedos pela nuca pálida dela, segurou seus cabelos. Trouxe o rosto dela devagar pra próximo do seu e beijou-a ardentemente. E foram descansar essa noite, um ao lado do outro.


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        Gyles e Fera caminhavam lentamente por Renewal. Havia uma taverna onde homens bebiam e cantavam. Um bardo tocava musicas animadas com um violino. Gyles entrou na taverna e pediu uma grande cerveja. Ele se sentou a uma mesa e Fera ficou deitado em seu lado. Uma bela mulher veio lhe servir.
            Aqui está senhor, sua cerveja.
            Obrigado, senhorita.
            Creio que o senhor não seja daqui, certo?

            Certíssima. 
            É algum mercador?
            Não. Sou um caçador de recompensas. Gyles Kasnier.
            Você é o conhecido Gyles? 
            É, acho que sim.
            Sempre quis conhece-lo, Gyles. Dizem que é um grande cortejador.
            E estão certos. 
            Então prove-me, grande Gyles. Em breve a taverna fechará, me aguarde.
            Com grande prazer, senhorita.
         A moça sorriu e voltou ao balcão. Enquanto Gyles tomava sua cerveja. Por um momento, em seus pensamentos, ele pensou em Hefrix. Como ela estaria. Se ela estava caçando alguém por aí. E se a encontraria de novo. E o fundo, ele queria encontra-lá. Ela havia despertado algo nele. Talcvez um certo interesse. Ele gostava das mulheres selvagens, como as amazonas. Ele terminou sua cerveja, pegou uma moeda de prata e deu a uma mulher. Saiu da taverna e ficou encostado na parede. Encarou a Lua naquele céu tão vermelho que lembrava os cabelos de Hefrix. Ele não era um homem de se apaixonar. Mas algo especial causou isso. A mulher saiu pela porta e sorriu gentilmente para Gyles. Fera andou de volta ao castelo, enquanto Gyles andava com a mulher até um bordel. Ambos entraram em um quarto. Gyles escorregava os dedos pelos ombros nus da mulher que estava de costas e sussurrou em seu ouvido.
             Porque se tornou uma prostituta?
             Porque preciso me sustentar. Sou sozinha.
          Ela olhou para Gyles e começou a desamarrar a camisa dele. Ela escorregava as unhas compridas por seu peito. Ele segurou-a pelo cabelo e a trouxe pra perto. Beijou-a ardentemente. Tirou seu vestido com pressa e apalpou seu corpo. Em seguida, tirou sua roupa. Apertou os seios da bela mulher e a jogou na cama. Em seguida sussurrou para ela.
             Se quer ser paga por isso, terá que ser bem feito.


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          O dia amanhecia e um tímido sol aparecia entre as nuvens. Os corvos voavam e a tropa já se reunia. Em sua bela armadura negra, os homens abriam espaço para Horward passar. Ele segurava seu capacete negro com penas de corvo em cima em um dos seus braços. E na sua mão ele carregava sua espada de prata. Seus cabelos pareciam queimar com o vento. Se posicionou de frente para a tropa. Atrás dele veio ela, a grande guerreira do fogo, Brenys. Estava com sua armadura de bronze e couro. Seus cabelos estavam soltos e voavam junto ao vento. Sua feição era séria. Ela andava com determinação. Ela parecia o fogo em vida. Em sua mão, trazia a espada do fogo que brilhava com sede de luta. A população os aplaudiam com vontade. Brenys se colocou ao lado de Horward, que fez um sinal para o fim dos aplausos.
             Bom dia, minha nação. Amanhã é mais um dia de luta. Estou aqui, diante da minha tropa e de minha comandante, para lembrar-lhes que a luta não é fácil. Sempre aconteceram sacrifícios e desafios. Talvez muitos dos meus homens morrerão amanhã. Mas quero dizer a vocês que não será em vão! Cada sacrifício será valorizado. Cada sacrificio será uma pilastra que manterá nossa nação! Mas nunca se esqueçam que honrados serão os mortos em proteção do fogo. O fogo sempre queimará em vossos corações. E um dia, no dia em que o fogo subir ao poder, seremos os donos de Egron! Não teremos que nos isolar, nem ter que sofrer descriminações. Mostraremos nosso poder e força. Amanhã será um teste que se com sucesso, poderá nos dar o poder ainda mais rápido. Peço suas orações a mim e que confiem em vosso poder. O fogo sempre estará ao nosso lado. ABENÇOADO SEJA O MEU REINADO, O GUERREIRO DO FOGO NEGRO, O FUTURO REI DE EGRON!
              ABENÇOADO SEJA!    Toda a população gritou.
              AVANTEEEEEEEE!    Brenys gritou para a tropa que atravessava o portal correndo. Junto a eles, em linha de frente o fogo estava.

Um comentário:

  1. Gostei muito. Você mostrou um novo lado da Brenys. Muito bacana! A cena do Gyles com a pros tbm foi muito boa!

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