terça-feira, 29 de julho de 2014

Décimo capítulo: Desunião.

     Se passaram dois dias. No alto da montanha mais alta os doze estavam. Todos cobertos com uma túnica correspondente a cor da sua cidade. Cada um em seu respectivo lugar. O Templo Moonlight era um belo lugar. Suas escadarias eram gigantescas mas, valia a pena olhar a bela vista do topo. O templo era aparentemente aberto e redondo. Suas paredes eram cobertas por janelas que iam do chão até o teto. O teto era uma cúpula desenhada, imitando os céus durante a noite com uma bela lua cheia desenhada e estrelas ao redor. As cadeiras dos deuses ficavam em circulo perfeito. No centro havia uma porta escondida. Abaixo dela, havia uma escada espiral que descia até a cozinha e os aposentos de guardas e servos. Eles que serviam os deuses com um hidromel da melhor qualidade. Eliora suspendeu a serventia e mandou o servo voltar a cozinha. Eryell se levantou e se encontrou no centro.
        Boa noite, Conselho da Lua. Fazia-se tempo desde nosso ultimo encontro. Resolvi marcá-lo pois creio que tenhamos novidades para dividir com o grupo. Ou até mesmo assuntos que não foram abordados à todos nós.
     Marven e Freyceol a encararam no mesmo momento. Horward mantinha a mesma expressão fria e séria de antes. Eliora falou rapidamente sobre evoluções em sua cidade. Marven se levantou.
        Horward roubou a espada da Jurisdição.
        Não tem provas de que fui eu, Marven. 
        VOCÊ APRISIONOU MEU COMANDANTE!
        Foi você que me atacou, Marven.
        ESPERO QUE AQUELA SUA COMANDANTE LADRA ESTEJA MORTA.
     Horward levantou-se e levantou a mão para Marven.
        Não ouse falar dela. 

     Ambos estavam quase se atacando. Uma arma dourada pareceu entre eles com rapidez.
        Vocês vão aprender a conversar ou vou ter que ensiná-los?
     Ambos retornaram aos seus lugares. A arma de ouro era um tridente. Eryell respirou fundo.
        Obrigada pela ajuda, Abel.
     Abel acenou com a cabeça. Abel era branca como espuma. Seus cabelos eram rosa como os corais do mar. Sua armadura era dourada e tinha uma abertura no centro que ia dos seios ao umbigo. Ela usava uma calça de couro turquesa e uma especie de bota. Ela usava uma coroa dourada na testa. Sua luva imitavam escamas turquesas com o fim dourado. Abel era uma sereia na água mas fora dela, tinha pernas "temporárias". Ela precisava de pelo menos uma gota de água para não se desidratar. Sempre trazia com ela uma garrafinha dourada com água do mar. Seus olhos eram uma espécie de mel, quase dourados. Ela usava um cinto feito de um tipo de alga, com conchinhas penduradas.
         Também tem grandes chances de você tê-lá aprisionado, Marven    Horward gesticulava com calma, sua feição fria voltará com força. 
         Queria eu tê-la encontrado. Já deve ter sido devorada por algum animal.
         Creio que esteja viva. Afinal, era minha comandante, não uma tripulante qualquer. 

 
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         Você ainda vai me fazer catar mato por muito tempo?
         Admiro sua paciência    Rothen soltou uma gargalhada e Brenys bufou. Eles andavam pela floresta aberta com tranquilidade    E não é mato. São ervas, Brenys. São úteis para cura e poções. Algumas até para chás. 
         Continuam sendo folhas.
         Folhas que podem curar um ferimento seu. Folhas que podem até salvar sua vida! Não são simples folhas. No Subterrâneo vocês não têm uma curandeira?
         Temos sim. Mas raramente eu iria nela. Raramente me machucava. Sou boa no que faço.
         Fico feliz por saber disso    ambos soltaram uma risada. Continuavam a caminhar. Rothen pegou uma folha e pôs na mão. Depois pegou outra folha e colocou ao lado da primeira. Chamou Brenys para se aproximar    Está vendo? São diferentes    Brenys olhava com atenção    Está aqui se chama anylia    Rothen segurou a folha e a outra folha com a outra mão. Segurava ambas pelo caule. Levantou um pouco a mão para identificar a anylia    está outra se chama cenol    ele abaixou a anylia e levantou a mão do cenol. Depois abaixou as duas mãos    A anylia é uma erva que serve pra curar queimaduras. O cenol é uma erva altamente venenosa. Pode matar alguém em minutos. 
         Mas elas são muito parecidas! Como você sabe qual é qual?
         Pelo pigmento. O cenol tem pigmento mais escuro. 
      Rothen guardou as duas folhas e os dois tomaram o rumo de volta para casa. Eles voltavam próximo da estrada. Até que ouviram vozes. Eles se esconderam atras das arvores. Dois homens passavam numa carroça, conversando.
         Então eles fizeram uma reunião hoje?
         Estão sim. Parece que o tal Horward que mandou roubar a espada do Freyceol. O Marven tentou saquear a espada pra ele, mas não teve sucesso. Mas dizem que aquela tal Hawklight sumiu sem deixar rastros. Feito poeira no ar. O Subterrâneo todo está procurando por ela.
         Mulherzinha valiosa essa, hein. 
         Claro que é! Além de ser a comandante de Horward, se tornou noiva dele! Ninguém tem coragem de desafiá-la. Dizem que parece o próprio fogo lutando. 
      Os dois homens passaram. Brenys e Rothen respiraram fundo e voltaram a andar. Brenys estava pensativa.
         O que foi, Brenys?
         Os deuses estão em uma reunião. Isso é péssimo. 
         Foi você, não foi, Brenys?
         Fui eu o que?
         Que roubou a espada.
      Brenys ficou calada e continuou a caminhar. Respirou fundo.
         Foi.
         Você sabe que isso é errado, não sabe? Freyceol se arrependeu de dê-ta criado. Ele não sabia que ela causaria tantos problemas.
         Sou uma serva. Faço o que o que o rei manda. 
         Você vai querer ser sempre assim? Uma serva. Uma manipulada. Você pode ser livre, Brenys.
         Livre? Todos esses reinos vão me caçar até a ultima gota dos mares. 
         Eles vão caçar Horward. Mas é tão difícil assim deixá-lo?
         Eu o amo.
         E esse amor vale pela sua prisão? Vale a pena ser uma criminosa? Sempre achei que tivesse a personalidade de um animal selvagem. Pronto pra ser livre. 
      Rothen havia tocado na maior dúvida de Brenys. Será que valeria a pena tudo isso que ela passava? Ela ama Horward e era grata a tudo que ele à fez. Mas ela não podia ser enjaulada pra sempre. Brenys ficou calada e não o respondeu por um tempo. Eles já chegavam em casa.
         Brenys?
         Diga.
         Antes de ir embora, me acompanharia à um lugar?
         Pra onde vai?
         Vou terminar um medicamento que Tholes me pediu. Preciso que vá a Adrin comigo.
         Porque não pode ir sozinho?
         Vamos dizer que seja um medicamento um tanto raro. Steel Honor é cheio de ladrões. Preciso de proteção.
         Seria uma aventura? Então conte comigo.
      Ambos sorriram um para o outro.

 
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      Em uma das cadeiras estava Ethen, jogado. Ele comia uma tigela de jamans sozinho. Ele lambia as pontas dos dedos, concentrado no gosto. Estava mais interessado na tigela do que na reunião. Ethen era corado no tom da areia com belos cabelos cacheados e loiros num tom palha. Seus olhos eram castanhos escuros e vagos. O rosto era fino e o corpo forte, limpo de pelos e sarado. Ele usava uma camisa branca com abertura aparecendouma parte do seu peitoral. Ele também usava uma calça era marrom e de couro junto com um colete do mesmo material e cor. Quando acabou a tigela começou a prestar um pouco mais de atenção na reunião.
          Marven, porque atacou o Subterrâneo?    Abel mexia com as pontas dos dedos no liso cabelo, enrolando-os. Ela encarava Marven, desconfiada    Você não estaria atrás da espada, estaria?
          Agora que Abel levantou a questão, também fiquei curioso Marven... Você sabe que o uso dessa espada é perigoso e proibido pelo Conselho    Freyceol olhava curioso para Marven.
          Freyceol, porque comunicou Marven quando a espada foi roubada?    Eliora direcionou o olhar a Freyceol.
          Spoke Gold é a cidade mais próxima com uma boa tropa. Além da aliança entre Steel Honor e Spoke Gold. Acreditei que conseguiria trazer a espada de volta...
          E você, Marven? O que tem a nos dizer?    Eryell olhava impaciente para Marven.
          Ele é o acusado e é a mim que fazem perguntas?    Marven apontou para Horward que soltou uma leve risada.
          Não troque de assunto. Resolveremos o caso de Horward logo após o seu    Eryell respondeu com seriedade.
          Não tenho a obrigação de responder nada    Marven sorria sarcasticamente.
          Ele vai continuar enrolando e não vai responder nada.. Como de costume. Alias, ele é Marven. O grande comandante do Conselho    Horward se levantou e começou a andar em círculos no centro das cadeiras    Mais uma vez somos submetidos a calar nossas bocas por causa dele. E porque? Porque dependemos do seu ouro? Esse Conselho me enoja.
          Assim que foi deter...    Prunda foi interrompida por um grito de Horward. Prunda se fez surpresa ao seu grito.
          ESTOU CANSADO! Não nasci para ser comandando. E sim, para comandar. Exijo que Marven seja abdicado de seu cargo. 
          Isto não foi determinado por nós, Horward    Eryell respondeu.
          Que se dane esse maldito conto! Nem sabemos se é real. Devemos nos basear no agora, no que nós decidimos.
          Cale a boca, Horward    Darkain respondeu. Suas pernas estavam jogadas em um dos braços da cadeira.
          Vocês não vão me dar ouvidos? Então não me escutem. Mas não vou continuar nisso.
       Houve alguns cochichos e murmurinhos. Eliora se levantou.
          Vamos sim, Horward. Todos concordamos com você. Mas queremos diferente. Queremos que todos nós tenhamos o mesmo poder dentro do Conselho.
          COMO?    Marven gritou raivoso    Ninguém tira meu poder! HOJE EU ACABO COM O CONSELHO! E DECLARO GUERRA A VOCÊS! O VENCEDOR DOMINARÁ TODA EGRON!    Marven se levantou e se retirou do templo com seus guardas. Todos estavam surpresos, exceto Horward. Ele deu uma risada e deu as costas.
          Que vença o melhor.
       Horward e Hefrix sairam após Marven com seus guardas. Por instantes o silêncio reinou. Ninguém tinha uma reação certa. Todos retomaram suas cadeiras.
          O que faremos?    Eryell perguntou ao grupo. A noite já caia e a grande lua cheia estava sob a cúpula. Os deuses olharam para a luz que fazia uma imagem desfocada no chão. Eryell se levantou com rapidez e olhou para o céu.
          Tem algo a nos dizer, Lua? Mostre-nos!    Eryell gritou para a Lua. A imagem desfocada ganhou foco e vida. Ela fazia ondas mas não se água, e sim, de fogo.
  

Um comentário:

  1. Aaah! Gostei bastante! Tava louco pra vê como seria essa reunião. Acho que o Howard e o Marven são muito babacas. Sério mesmo. Os dois estão errados e não querem admitir. Ai olha. Muito tenso o final com a lua mostrando fogo. Aposto que simboliza a Brenys no meio da guerra! Enfim, muito bom!

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