terça-feira, 15 de julho de 2014

Oitavo capítulo: A explosão.

     As tropas de aproximavam cada vez mais. Em formação, a tropa do fogo esperava pelo inimigo nas fronteiras das montanhas. E com eles, estava o poderoso dragão de fogo, Zutic. No horizonte já se podia ver a tropa do raio aproximar-se, surpresos e nervosos com a falha de um ataque surpresa. Eles trotavam em seus ferozes cavalos com rapidez. Faltavam alguns minutos para a luta. Brenys apertou forte a mão de Horward por uma ultima vez. Em linha de frente havia os cavaleiros do fogo, após os guerreiros e no fim Zutic. Homens com espadas, lanças, escudos, arcos, machados e outras armas. Todos postos para a luta. A cavalaria do fogo começava cavalgar com o sinal de Brenys. O encontro era inevitável, mais ainda o confronto. A batalha do fogo e do raio, o resultado era incerto e despertava dúvidas. Mas causava principalmente o medo e a destruição. O medo dos homens, temedores da morte. A destruição da dança entre o fogo e o raio. O raio causava fogo, que incendiaria todo o campo junto ao fogo puro. A luta era feroz. O sangue escorria pelo corpo dos homens que lutavam. Em campo já estava Brenys, a grande guerreira do fogo. Ela dava conta de muitos homens em luta de uma fez. Era ágil e habilidosa com sua espada como nenhum. Seu chicote complementava a espada que queimava ardentemente. Brenys parecia flamejar em luta. Tinha punho forte e lutava bravamente. Eliminava os homens com rapidez. Mas a grande luta acontecia no centro. Com sua espada raivosa erguida, Marven desceu de seu cavalo. Horward empunhava a espada Shadow, feita exclusivamente a ele. Suas espadas estavam empunhadas e ouvia-se o tilintar das espadas lutando. Marven fez um pequeno corte em Horward. Na ferida um sangue negro escorreu. Brenys arregalou os olhos, mas logo voltou a se concentrar em sua luta. Horward tinha um estilo de luta fascinante. Sua espada dançava em suas mãos. Marven se defendia com dificuldade. 
         Você não vai vencer essa luta, Horward do fogo!
         É o que veremos, Marven do raio!
      Horward empunhou sua espada e cortou a mão direita de Marven. Seu braço sangrava, mas ainda empunhava a espada. Marven se afastou por instantes e uma mulher apareceu em seu lado, estancando e usando ervas em sua mão. A mulher tinha uma bela aparência e longos cabelos loiros escorridos. Vestia-se toda de preto com um cristal roxo num cordão em seu pescoço pálido. Tinha a face séria com olhos marcantes e castanhos. Era a bruxa do coração negro.


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         Eryell?
         Sim, Lyne?
         Acha que realmente Gyles vai buscar as lágrimas de dragão?
         Creio que sim. Mas não poderemos contá-lo pra que elas vão servir. Essas lágrimas fazem aquela flor principal a desabrochar. Por sorte, encontrei algumas escondidas nos potes da reserva. Senão ele teria que fazer duas buscas com o risco dele trazer a flor errada. Teve sorte desta vez, Lyne.
         Verdade. Tive grande sorte    Lyne olhou um envelope em cima de uma mesinha de vidro    O que é esse envelope?
         Ahh, é o relatório do meu espião. Ainda não li o que se trata.
      Eryell pegou o envelope e tirou um papel amarelado de dentro. Possuia uma caligrafia bem escrita de tinta preta. Eryell sentou-se em sua poltrona e Lyne foi até o seu lado, com a visão turva.
         O que diz aí? Não consigo ler..
         Algo muito interessante deve está acontecendo. Aqui diz que Marven saiu com sua tropa em direção a Steel Honor. Deve ter saído há alguns dias. Esse tipo de carta demora um pouco a ser entregue, mesmo sendo trago pelas minhas cobras que particularmente, são bem rápidas. Mesmo assim, deve ser pouco tempo.
         Entendo.. Mas a questão é porque ele saiu com a tropa? Ele raramente sai junto com a tropa para lutas... Deve ser algo bem importante. 
         Sinto que estão escondendo algo muito importante de nós, querida Lyne. E que Freyceol deve saber mas não entrou em contato. Mas eu vou descobrir o que está acontecendo. Acho que está na hora de uma reunião.
      

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      Gyles e Fera tomavam seu rumo após acordarem aquela manhã. Deixaram moedas na cabeceira da mulher e partiram em busca das lágrimas de dragão. Renewal era próximo a LightFire mas, Gyles sabia que não conseguiria nada por lá, mesmo sendo a terra dos dragões. Seria morto na primeira oportunidade. Enquanto caminhavam, se lembrou que Brenys possuía um dragão no Subterrâneo. Seria muito mais fácil de conseguir e muito menos perigoso. Porém ele teria uma longa caminhada. Teria que atravessar LightFire inteira para chegar nas montanhas do Subterrâneo mas, pela sua vida, ele aceitou o desafio. Renewal era uma cidade pequena. Era a menor do reino. Alguns diziam que Wind, cidade de Rewis, era menor por ser localizado em duas ilhas. Uma maior e uma menor. Mas Gyles ainda achava Renewal menor. Não deixava de ser um lugar agradável. A população era mais velha. A cidade era conhecida por ter mais longevidade de vida por suas curas. Gyles já estava próximo da fronteira com LightFire. Fera e Gyles pararam em uma sombra de arvore e comeram a comida que traziam de Renewal. O dia estava pálido. Um tímido sol aparecia entre as nuvens que pareciam que em breve iriam chorar. Começaram a caminhar com pressa, querendo evitar uma chuva na floresta. LightFire também não era uma cidade muito grande, pouco maior que Renewal. Suas florestas eram finas mas cobriam toda a fronteira. Gyles atravessou-a com facilidade e rapidez, chegando a cidade. Pessoas andavam pela praça com um belo chafariz no centro. O comercio era extenso com casas fixas e barracas de madeira. Fera olhava para uma barraca de maçãs, Gyles sorriu e foi até a barraca com ele. Algumas pessoas olhavam estranhamente para Fera. Mas ele mal ligava, ao contrario, exibia-se. Na barraca de maçãs, havia uma mulher se altura mediana, cabelos negros nos ombros e com ela uma menina que parecia ter aproximadamente 14 anos.
          Aqui estão suas maçãs, Sra. Hawklight.
       Gyles tremeu quando ouviu o nome. Ele olhou para a mulher que pegava o saco de maçãs. Ela sorria para o mercador e agradeceu. Quando ela se virou para andar, Gyles a chamou.
          Ei, senhora!
       Ela se virou lentamente e olhou para ele. Ela parecia muito com Brenys.
          Diga, meu jovem.
          Por algum acaso, seu nome é Hawklight?
          Sim, por quê?
          Creio que seja mãe de Brenys, estou certo?
          Você... conhece a... Brenys?
          Sim, senhora.
       Ela parecia surpresa, agachou-se e olhou para a menina que estava com ela.
          Filha, vá chamar sua irmã. Mande ela ir até a nossa casa, tá bem? E você    A mulher olhou para Gyles    Venha comigo.
          A menina saiu correndo em direção a algumas casas, enquanto Gyles seguia a mulher até uma casa. Era uma casa bonita. Havia muitas camélias vermelhas em sua entrada. A mulher fez para que Gyles entrasse e rapidamente fechou a porta. Sentou-se em um sofá e acenou para que Gyles senta-se no outro. A casa era bem decorada, era bonita e simples. A sala tinha paredes vermelhas com móveis de madeira clara. A mulher o encarava.
          Você realmente conhece minha filha?
          Sim, senhora. Eu a conheço. A conheci a pouco tempo na verdade. 
          Como ela está? Onde ela está a minha filha?
          Brenys está bem. E bem... Ela está vivendo no Subterrâneo. 
          O que?! O que minha filha faz lá?
          Ela é comandante da tropa de Horward. E também sua amada. Eles vão casar brevemente.
          Minha filha é noiva de um deus? E comandante? Ela conseguiu chegar a esse ponto? 
          Sim, senhora. Acredite em mim, ela tem grande prestigio e respeito na cidade. É uma heroína! Luta melhor do que qualquer homem! Ela tem os cabelos corais, parecem um mar de fogo.
          Cabelos corais? Então ela é subordinada do fogo... Mas, minha filha vai se casar e eu não sabia disso... Como sinto falta de Brenys. Faz um tempo desde que se foi. Ela é minha filha e eu a amo. Sentimos tanta falta dela... Há tanto para contar à ela. Era virá pra cá?
          Creio que não, senhora... Ela é obrigada a retornar ao Subterrâneo. 
          Horward realmente a ama? Não está a usando?
          Creio que um pouco dos dois. Ao mesmo tempo que ama Brenys, ele a usa como comandante. Ela possui um confortável quarto no castelo. E parece gostar de Horward também. Mas ela também sente falta da senhora. 
       A mulher caiu em lágrimas, suas mãos estavam entre seu rosto. Como uma mãe separada de sua filha. Podia-se sentir a saudade que ela sentia.
  

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       Marven e Horward ainda lutavam. Marven apenas com uma mão, desviava com dificuldade dos ataques. Os homens do fogo lutavam bravamente e com vontade. Brenys queimava em campo, dançando com sua espada em perfeita harmonia. E Zutic incendiava homens inimigos cada vez mais. A luta era intensa. A bruxa observava o dragão. Brenys reparando o olhar da bruxa começou a correr atrás dela. A bruxa fugia em direção ao dragão que lutava distraído. Com uma adaga, ela lançou ao ponto mais fraco de um dragão, seu coração. A adaga estava amaldiçoada. Brenys congelou, seus olhos arregalaram ao ver a cena, mas precisava retormar o controle e correu para salvar Zutic. Mas era tarde demais. O dragão olhou para Brenys e quase sorriu. Silabou a palavra adeus. E em alguns segundos um grande estrondo se ouviu, tudo estava em chamas ao redor. O dragão explodiu e Brenys era a unica próxima. A intensidade da explosão foi tão forte e grande que fez Brenys voar pelos céus para tão longe que nem os olhos podiam ver. Ao ver a cena, Horward parou e caiu em joelhos. Ele gritou o nome de Brenys mas não se pode ouvir com a explosão. Grande parte dos homens do raio estavam queimados e mortos. Em desvantagem, Marven com muito desgosto partiu em retirada, mas raivoso Horward o seguiu em um cavalo. Com um arco roubado de um guerreiro ele atirou uma flecha que acertou o ombro de Marven, fazendo-o quase cair. Ao som das cavalgadas, podia-se apenas ouvir o grito de ódio e dor de Horward que ecoava ao vento das doze cidades. Sua raiva era combustível que incendiava. Sua dor era imensurável. E seu medo maior ainda. Mas tinha grandes esperanças da vida de sua amada que eram poucas comparadas a sua ira. Seus olhos queimavam em fogo e tinha sede de apenas uma coisa: vingança.

Um comentário:

  1. MELHOR CAPÍTULO!!! AMEI!!! Chorei muito com a morte do Zutic. Tadinho! Tô achando que o Gyles vai levar a mãe da Brenys pro Subterrâneo pra vê ela, hein...

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